domingo, 14 de junho de 2009

escravizada: carta de amor e paixão

Desejo ser teu mais profundo sentimento de paz... essa vibração constante que existe no aperto das nossas mãos. Serei o brilho quente e saboroso que faz morada nos teus olhos no momento do amor e me farei eterna na voluptuosidade dessa língua que queima e arrepia minha pele na hora do prazer. Desejo sentar-me no teu colo e, de criança, passar a amazona lasciva e sensual.

Estou-me tornando escrava de ti e do teu desejo. Quero ser a palavra eterna da mulher quente que goza e se contorce nos teus abraços. Anseio chupar o néctar do teu corpo e engolir a vida da tua alma no tremor do teu sexo. Serás meu de todas as maneiras estranhas e sensuais. Sem preconceitos ou medos.

Em todos os pedaços do meu corpo e do meu sentimento, me encontrarei mulher! Plena! Quero amar-te em tudo e de todas as maneiras, de criança sensual a mulher infantil. Quero descobrir-me no teu corpo e, no teu desejo, sugarei as palavras desse hálito quente e perfumado.

Suplico-te a escravidão, sim. Por que, não? Quero deitar-me ao teu lado e sentir-me propriedade do teu desejo; ser acarinhada pela tua língua ao te fazer feliz e ser espancada de gozo quando não souber compreender o teu desejo.

Amarei.
Sentirei.
Sugarei.
Engolirei.
Apertar-me-ei, enroscada no teu corpo, perdendo-me nas tuas palavras... Essas mesmas palavras que me fizeram encontrar dentro de mim a mulher-escrava que hoje consigo ser somente e apenas ao sabor do teu desejo.

Com o meu beijo,
Sílvia Mota.
Rio de Janeiro, 1987 – 21 hs.
Revisada em 9 de abril de 2009 - 23:40hs.

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